terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

nenhum líder religioso pode viver só de culto


 exemplo de joão paulo ii, bento xvi foi um papa catequista,isto é,mais preocupado com doutrina do que com a vida prática da igreja. há momentos que esse tipo de papa é necessário;há momentos que um líder mais político(profético) se exige. assim, na história da igreja romana vemos papas com o perfil dogmático de ratzinger como foi pio x e papas mais administradores com visão dos problemas do mundo como leão xiii e pio xi. 
hoje o que se espera do novo papa é um perfil mais político,mais profético; um pastor voltado para as questões políticas e sociais. que denuncie o capitalismo como regime responsável pela miséria e exploração de tantos seres humanos;que abrace a causa do meio ambiente e seja promotor da salvação do planeta.outras religiões e igrejas já tiveram ou tem líderes assim.bartolomeu i, patriarca de constantinopla, é chamado de patriarca verde, devido sua preocupação com problemas ecológicos.o dalai lama vive pelo mundo envolvido numa campanha política a favor da libertação de sua terra- o tibet- do domínio chinês. o bispo anglicano- desmond tutu- fez de sua vida religiosa uma luta pelo fim do aparthaid.poderia ainda citar o pastor luther king que fez de seu púlpito uma tribuna na luta pelos direitos dos negros nos estados unidos.por que então os papas resistem tanto em se engajarem na luta por uma vida melhor para as pessoas,particularmente os pobres para os líderes de certas religiões,e o catolicismo tá incluído, os piores pecados do mundo são sexuais.a fome, a miséria não é vista como obra de um sistema econômico.jogam no inferno o pobre homossexual e nenhuma condenação ao monstruoso capitalista.é cega a religião que vive assim.pois ver um cisco na sopa(homossexualismo) mas não ver um camelo(capitalistas). é justamente essa gente que só vive de culto que haje assim.espero que o novo líder católico seja um profeta. porque de papas hóstias estamos fartos.                                                                                 

um novo papa

há uma espera ansiosa por parte de muitos sobre  quem será o novo papa.  espera-se um papa mais popular, carismático e reformador. se for assim será uma surpresa,pois não raro os papas não agradam.isso porque costumam se limitarem a cuidar dos dogmas e pouco ou nunca se envolvem em questões políticas e sociais,principalmente aquelas que exigem reformas profundas na sociedade como direitos das mulheres, de homossexuais e do sistema econômico. os papas nesse ponto não são apenas guardiães de uma confissão, mas zeladores de um modelo de sociedade(patriarcal e capitalista). daí ser ingênuo esperar muito de um líder católico. faz parte de sua missão manter vivo o que restou da antiga roma.contudo, de vez em quando aparece um papa que dá esperança de alguma renovação.foi assim com leão xiii que herdou um catolicismo encurralado por um novo mundo e que a igreja teria que aprender a viver nesse mundo.a sua rerum novarum surpreendeu católicos e não-católicos,pois abordava questão econômica e por assim dizer,um tema mundano.outro papa estadista foi pio xi que assinou o tratado do latrão, criando o vaticano,um ato que obrigou a igreja a reconhecer os estados democráticos,pois até então a democracia era um dos erros listados no sillabus de pio ix.e o último papa surpreendente foi joão xxiii que foi chamado de louco por ter convocado um concílio para modernizar a igreja. o velho papa viveu pouco. sequer pode encerrar o concílio.seus sucessores acabaram por limitar a extensão reformatória do vaticano ii.ou seja o comum nas lideranças católicas são papas catequistas,meros confessores,que repetem as crenças tradicionais. o resultado é que igrejas e religiões bem menores que a católica acabam sendo mais reformadoras e úteis a promoção humana do que o catolicismo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O DEUS DOS MORTOS

Os cristãos que nasceram da ressurreição de um homem,portanto nasceram da vitoria da vida sobre a morte,muito cedo esqueceram que o seu Deus é  o Deus dos vivos e voltaram a cultuar o deus dos mortos.O culto da igreja primitiva enfatizava a volta de Jesus e a ressurreição dos santos, não havia orações pelos defuntos,uma  prática conhecida dos judeus,mas rejeitada pelos primeiros cristãos.Em Cristo todos os eleitos -vivos ou mortos- já ressuscitaram. Orar por isso é duvidar de algo que a ressurreição de Jesus garantiu.Por isso o silêncio apostólico a esse respeito.Porém, muito cedo, influências farisaicas e pagâs trarão para a igreja o culto dos mortos.Isso ocorreu quando os cristãos perderam a esperança num retorno imediato de Jesus.Então construiram toda uma teologia sobre uma vida após a morte, com orações pelos mortos e intercessão dos santos.Todo o culto da Igreja se transforma - deixa-se de esperar a volta do senhor e passa-se  a se preocupar com a morte e a sobrevivência da alma.O reino de Deus deixa de ser uma realidade para ser vivida com os vivos,mas algo só desfrutado pelos mortos.O reino de Deus vivido pelos mortos passou a ser  o consolo dos moribundos e mártires. Toda a mensagem original da igreja estava transtornada.

sábado, 26 de março de 2011

Elizabeth Taylor - A deusa do século XX

O cinema teve em Liz taylor sua maior estrela. Ninguém pode ser comparado a essa mulher extraordinária. Fascinava homens e mulheres. Sem exagero,afirmo que ela se impunha aos próprios personagens.Não sabíamos se amávamos os personagens ou sua interprete. Um amigo me disse que eu ão amava Cleópatra, eu amava Elizabeth Taylor.A verdade era essa: amamos a interprete e por isso seus personagens. Assim esse fascinante ser humano sobreviverá apesar da morte, apesar das novas estrelas que aparecem.Como uma super-nova continuará a brilhar e ofuscar as estrelinhas de hoje.Se o século XX teve uma deusa,essa deusa é Elizabeth Taylor.Descanse em paz,bela mulher. Que Deus seja seu travesseiro!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Fundamentalismo - o que é?

O Fundamentalismo existe em todas as religiões. Não é, portanto, correto vermos fundamentalismo apenas em grupos muçulmanos e evangélicos. Na Igreja Católica há um poderoso grupo fundamentalista que se opõe, por exemplo, as mudanças do vaticano II. Na Igreja Oriental existe os calendaristas,observadores do velho calendário juliano e opositores do ecumenismo. O Fundamentalismo,portanto, é uma visão estática de igreja. A palavra mudança é uma heresia. Para os fundamentalistas evangélicos isso se expressa em não aceitar que a bíblia possa ser lida com os olhos de cada geração. Eles querem que a atual geração viva valores de outras gerações. Consequentemente matam a teologia. por isso mesmo não gostam de estudos teológicos. O teólogo (dom de Deus para a igreja ) é justamente quem lê as escrituras para o presente. O fundamentalista não aceita essa leitura. Não se trata, portanto, apenas de leitura literal das escrituras. Pois, à princípio, toda leitura é literal e só secundariamente se lhe dá outro sentido. Para o fundamentalista católico isso se expressa numa visão irreformável da prática litúrgica e dogmática. Então, o fundamentalismo é um erro porque não quer enxergar o óbvio - A Igreja caminha na História, seu culto se desenvolve, seu dogma se esclarece. viver uma religião do passado é esterelizante. A Igreja é do presente. O cristão lê o evangelho hoje para hoje. "Hoje é o dia da salvação". O cristão não deve ter medo do novo. Jesus era o novo em seu tempo. Foi acusado de beberrão, de violador do sábado, de andar com pecadores. Nenhuma dessas acusações o incomodava porque melhor do que ser bem visto pelos outros é praticar a justiça.      
                         Daniel Rodrigues

sábado, 13 de novembro de 2010

Os ortodoxos do Brasil

Quando penso em Igreja Ortodoxa me vem à mente seu belo e majestoso ritual. As magníficas vestes de seus ministros, a imponência do patriarca ou bispo oficiante. Os cânticos sem acompanhamento de instrumentos musicais, os ícones . . . enfim, tudo aquilo que pode encher nossos olhos e ouvidos. Porém, só em igrejas ortodoxas de imigrantes se pratica esse culto autêntico. Em igrejas de brasileiros o que se ver  cada vez mais é um culto desfigurado. Busca-se uma inculturação. Legítima,aliás. O problema é que a inculturação ortodoxa no Brasil querem fazer muito rápida. Uma verdadeira inculturação é resultado de experiência longa e frutuosa. Não é a vontade de um honmem, por mais que ele possa contribuir. O que chamamos de liturgia de são Tiago, de são João Crisóstomo, de são Basílio, não são textos escritos por esses homens, mas a experiência de séculos de serviço sagrado. Assim sendo,para que pressa? Daqui a cem, duzentos, trezentos anos,pode ter certeza,se a semente for boa, uma bela árvore da família ortodoxa existirá aqui,com caracteristicas próprias,que nem sequer imaginamos como será. Por enquanto vivam os velhos ritos das igrejas-mães com amor devotado.É desse amor que nascerá algo com cara de Brasil. Portanto,para a ortodoxia do Brasil duas verdades tem que ficar clara: É cedo demais para ter um rosto próprio e é cedo demais para andar com os próprios pés.

sábado, 6 de novembro de 2010

Religião : A que veio Bento XVI ?

       Quase seis anos depois de se tornar papa, Bento XVI não tem muitos feitos. Como é um homem        
 de mais de oitenta anos, não se espera dele um longo pontificado. Cinco anos, portanto, é tempo suficiente
para ter feito sua obra. João XXIII, que também era idoso, em tempo parecido, convocou um concílio e deixou sua marca. O papa atual pode passar para a história como um pontífice inexpressivo. O que é lamentável diante de um homem de tamanha envergadura. Ele parece mais preocupado com o culto. Liga-se
a coisas banais. Qual a importância que tem se as velas do altar da basílica de São Pedro fiquem na frente ou atrás? João Paulo II nunca ligou para essas bobagens. Vez ou outra ver-se ele celebrando com o báculo de um papa do passado; as vezes é uma mitra. Parece que ele ainda não acredita que é papa, por isso se comporta  como coroinha brincando de ser sumo-pontífice. De concreto o que ele fez mesmo? Ah, ele polemizou com os muçulmanos, tentou voltar um pouco a velha liturgia, criou a "uniata" anglicana.É pouco
para um Ratzinger. Talvez ele se torne um caso único ( ou raro ) na história da Igreja Católica em que o cardeal foi maior que o papa.
                             
                            Daniel Rodrigues